Mudanças para as Famílias Viajarem mais pelo Brasil

30.3.14


Queremos Viajar Mais pelo Brasil! 

Semana passada em uma conversa em família, planajávamos nossas férias de julho ao redor da mesa de jantar. Conversa animada entre frutas picadas e comidinhas e entre um pitaco e outro íamos construindo nosso roteiro.

Quando então minha filha de 7 anos perguntou: mamãe, nós vamos viajar aqui no Brasil? Ao que respondi: provavelmente não, estamos olhando os preços e não está valendo a pena ficar por aqui.
Quando então me dei conta que nossas últimas 3 viagens haviam sido para fora do Brasil.

Motivos para isso não faltam, Além do custo x benefício, tem a questão da infra-estrutura, segurança, conforto, vivência em outras culturas, outras línguas, outras comidas. Além disso, cada vez que eu planejo férias, penso imediatamente em meios de não passar pelos aeroportos do Rio de Janeiro ou São Paulo. Tarefa difícil para quem mora em Porto Alegre.

Por conta disso tudo, abraçamos a idéia genial da blogagem coletiva, uma iniciativa do grupo de Famílias Viajantes criado por Sut-Mie Guibert do blog Viajando com Pimpolhos. Aqui vai então nossa contribuição:

1. Melhores Aeroportos 

O site americano Wall St.Cheat Sheet classificou o aeroporto internacional de Guarulhos como o pior aeroporto do mundo. As razões vão desde atrasos nas partidas e chegadas (de acordo com a Forbes, somente 41% dos vôos partem no horário e 59% chegam no horário). Soma-se a isso o valor absurdo que se paga por qualquer comida ou bebida no aeroporto, banheiros sujos, falta de segurança e pronto. Boa razão para não querer passar por lá. Então, além dos itens acima que considero básicos e prioritários, área kids friendly, banheiros para família, carrinho de bebê seriam muito bons para famílias vaijantes.

2. Melhores Estradas

Aqui nem é preciso descrever, todos conhecemos a triste realidade do nosso sistema viário. O que faz um país de dimensões continentais ainda mais difícil de conhecer, pois pensamos muitas vezes antes de embarcarmos em uma viagem de carro por aí. 

3. Mais Segurança

Nas estradas ou nas cidades, estar longe de casa já é, por si, um fator de fragilidade. Infelizmente nosso país não oferece o mínimo de certeza a qualquer cidadão ou família que viaja e se desloca seja por transporte público, taxi ou carro particular.

4. Custo Menos Abusivo

Quem sai do país sabe que o tal Custo Brasil é abusivo e irreal. Ainda assim existe e dói em nosso bolso. Aluguel de carro, diárias de hotel, alimentação, entretenimento, enfim, o que precisamos para viajar é muito caro aqui em nosso país, comparado com outros lugares.

5. Mais Opções de Transporte

No Brasil você viaja de carro ou de avião. É bem verdade que em alguns lugares existem opções de transporte fluvial, mas são bem poucas. Assim como os trens. Investimento, criatividade e bons projetos poderiam incrementar as opções e, quem sabe, baratear os custos.

6. Banheiros Públicos de Qualidade

Limpos, com suprimentos e opções de banheiros familiares. Parece tão pouco, mas é tão difícil de encontrar.

7. Menu Kids

Outra coisa tão fácil de fazer e tão rara de encontrar fora dos locais super turísticos. Não precisa nada elaborado. Arroz, feijão, carne e salada, com um pouco de criatividade vira algo do tipo: A vaca foi pro brejo; Iscas de frango, batata frita e salada vira: A fuga das galinhas. Sorvete de creme vira: A era do gelo (conforme menu de um restaurante em Gramado, RS).

8. Entretenimento em Restaurantes

Uma cópia simples de um desenho vazado e 3 gizes de cera fazem milagres para manter uma criança entretida. Tomadas perto das mesas para carregar DVD Player ou Tablets também.

9. Entretenimento em Vôos Domésticos

Comuns em vôos internacionais, os canais dos vôos domésticos não oferecem entretenimento (quando sequer existem)

10. Museus Infantis

Ou áreas voltadas ao público infantil dentro dos museus. Tours guiados voltados as crianças, lanches para crianças nos cafés, interatividade, enfim, poucos museus no país parecem preocupar-se em agradar a esse tipo de público.

Terminando o post, me dou conta que a maior parte das sugestões recaem em itens de infra-estrutura básicos. Mas é tão real e preemente que não me ocorre pensar em algo menos prioritário sem que antes se resolvam as questões básicas. E o básico beneficiará a todos, visitantes ou moradores, adultos ou crianças. A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte (Titãs).  A gente não quer só viajar. Queremos viajar com saúde, segurança e conforto!


Parque Lage - RJ

9.3.14

Parque Lage

O Parque Lage, no bairro Jardim Botânico, é uma ótima opção de lazer no Rio de Janeiro. Fica bem pertinho do Jardim Botânico para quem quiser conjugar as visitas. Dentro do casarão do Parque Lage funciona a Escola de Artes Visuais (EAV).
 


O visitante pode passear pelos caminhos de paralelepípedo e visitar as grutas, algumas com aquários, antes de chegar ao casarão. Aos pés do Corcovado, um passeio relaxante e descontraído.

 
No início de 1800 era um engenho de açúcar, o então Engenho Del Rey. Foi tombado patrimônio histórico e cultural em 1957. O casarão tem uma piscina no centro do pátio e um café para os visitantes sentarem e curtirem o local. Nas várias salas da EAV funcionam oficinas de arte para crianças e adultos que se inscreveram previamente. Além disso a EAV oferece visitas guiadas que podem ser agendadas diariamente as 10h ou as 14h. Agendamentos e informações: educativo@eav.rj.gov.br.
 
Piscina Central
 
Detalhe do piso de mosaico, no térreo

Detalhe do café
 
Para quem quiser se aventurar, existe uma trilha que liga o Parque Lage ao Cristo Redentor. Mas nessa não fui. Quem visitar, não deixe de conhecer a parte de trás, onde fica uma antiga lavanderia, cavalariços, o lago dos patos e um parquinho (não tenho fotos da parte de trás). No casarão tem banheiros públicos também.
 

 
Fomos de ônibus e descemos bem em frente a entrada, Mas para quem for de carro, tem estacionamento (pago). De lá, fomos a pé ao Jardim botânico.
 
Parque Lage: Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ

Gravatal - SC

7.3.14

 
Apart Hotel Termas Intergravatal
 
Sabe aquele lugar bom, bonito e barato que a gente sempre procura para passar algum feriado? Pois a cidadezinha de Gravatal/SC é bem assim. É uma cidade pequena, a 340 km de Porto Alegre e 150 km de Florianópolis.
 
Recanto Japonês
 
Parquinho
 
A cidade tem alguns hotéis que oferecem os benefícios das águas termais, abundantes na região. Sempre que queremos sair de Porto Alegre, sem viajar muito longe e sem gastar muito, acabamos voltando para lá.
 
 
O lugar onde ficamos chama-se Condomínio Apart-Hotel Termas Intergravatal que, como diz o nome, é um condomínio, estilo time sharing, onde os proprietários usufruem 4 semanas no ano, uma por trimestre, de acordo com um sorteio. Ocorre que muitos não querem os períodos sorteados e acabam vendendo as cotas, muitas vezes por um precinho bem camarada. No site mesmo você pode acessar a área para não condôminos e solicitar uma reserva.
 

Vista da sacada

 O hotel é simples, mas bem estruturado. Existem 2 categorias de quartos, todos com cozinha (fogão, mesa, microondas, geladeira pequena, pia e acessórios (pratos, talheres, copos, etc).
 
Quarto (foto do site do hotel)

Banheiro (foto do site do hotel)

Todos com banheira, sacada e ar-condicionado. O quarto simples tem 1 cama de casal e acomoda bem um berço ou colchão (no chão). E tem o apartamento família, com dois quartos.

 
Nas áreas comuns, oferecem 4 piscinas (2 adulto, 2 infantis, 1 coberta), além de uma jacuzzi. Todas as piscinas tem águas termais naturalmente aquecidas. Tem um restaurante que funciona no sistema de buffet, aberto no café da manhã, almoço e jantar (pagos a parte). Comida simples e gostosa. Tem parquinho para as crianças e um jardim bem grande, com recantos para passear.
 
Piscinas adultos
 
Piscinas infantis
 
Tem área com churrasqueiras para quem quiser fazer o seu churrasco, com mesas e cadeiras. Tem academia de ginástica, salão de beleza, quadras de esportes e salinha de recreação. Tem também uma salinha de cinema e o filme que passa lá passa também em um dos canais da TV no quarto. Tem bingo em algumas noites (as meninas adoram), além de outras atividades (pilates, alongamento, hidroginástica, brincadeiras com as crianças, com recreacionista).
 
 
Lugar bem familiar, com muitas pessoas da terceira idade. Nós mesmos sempre vamos acompanhados do vô e da vó.
 
 
A cidade é pequena mas oferece algumas diversões. Lojinhas com preços muito acessíveis, devido a proximidade das fábricas têxteis em Santa Catarina. Pizzaria, padaria, supermercado, um parque aquático e um passeio para conhecer os outros hotéis da região.
 
 
Eu, particularmente prefiro o Apart-Hotel ao Hotel Internacional. Acho o segundo mais escuro e não gosto da piscina dele. Mas é questão de gosto. O parque ao redor é bem bonito, no entanto.
 
Hotel Internacional
 
Boa dica para passeio com bom custo-benefício, tranquilo e bem familiar.

Disney Wonder - Cozumel

1.3.14

 
Cozumel e seu mar azul caribe

Nosso quarto dia foi em Cozumel. Mais uma vez eu havia escolhido o passeio ainda no site da Disney Cruise Line e seguimos o mesmo processo de pré-desembarque do dia anterior (Grand Cayman).
 
Disney Wonder a direita

 Ao desembarcar, no entanto, saímos direto no porto, sem a necessidade de barquinhos para transporte. A visão, desde o chão, é espetacular.

Foto: Disney Cruise Line

Aqui escolhi um passeio que eu nunca tinha feito. Também pensei que as meninas e minha mãe nunca mergulharam então o Ocean View Explorer Tour (47 USD adulto, 36 USD criança) me pareceu uma bela oportunidade de elas verem um pouco do mundo sub-aquático. Eu já havia mergulhado em Cozumel por duas ocasiões e conhecia bem a limpidez da água. Além disso, resolvia minha claustrofobia de submarinos...#confissão.
 

Com uma van seguimos até um outro porto a  uns 15 minutos de distância e lá embarcamos no Seaworld. Foi um passeio de uns 45 minutos e valeu. O barco não vai muito longe mas deu para ver  peixes, arrecifes, esponjas e alguns mergulhadores. Arraias e moréias inclusive. A água muito límpida foi um show para as meninas. Até a vó se encantou. Eu confesso que tendo mergulhado por lá, em outros pontos, achei que vi poucas espécies. Esperava ter visto mais. Mas ver o entusiasmo delas foi tudo de bom.




Manoela nauseou um pouquinho já no final do passeio. Subimos ao convés e o ar fresco resolveu tudo. Voltamos ao porto e decidimos passear pelos free shops. Tínhamos a possibilidade de irmos a alguma praia ou de voltarmos ao navio. Ficamos com a segunda opção e assim que embarcamos fomos almoçar.
 

Apesar de bem tranquilo, as meninas cansaram e quiseram dormir depois do almoço, o que foi ótimo. Logo mais, a noite, teríamos a famosa e esperada Festa Pirata! Eu aproveitei para curtir um café com vista :-) na área de adultos. E que vista! Acho até que cochilei nos divãs do café...
 

Uma dica, se você não fez a reserva dos passeios, ou mudou de idéia e quer cancelar ou fazer outro, basta ir até o balcão de Port Adventures no deck 3, perto do Lobby.
 
Minnie pirata
 
Tico e Teco piratas

E a noite foi coroada com a festa pirata, mas antes, o teatro com a peça The Golden Mickeys que foi linda.
 
Menu pirata
 

O jantar foi temático, com os menus ilustrados e garçons vestidos de piratas. Na mesa, havia uma bandana para cada um de nós. Assim todos poderiam entrar no clima, mesmo quem não havia levado fantasias.
 

No auge da festa os fogos de artifício fizeram a festa da galera. Muito bonito e por mais tempo que eu imaginei.

Nós e o Jack Sparrow (não basta ser mãe)

Disney Wonder - Grand Cayman



Tiki Beach Bar
 
Nossa primeira parada foi em Grad Cayman, no terceiro dia. Ainda durante o planejamento da viagem, no próprio site da Disney Crusie Lines você pode escolher alguma entre as "port adventures" que eles oferecem. São mini tours de algumas horas organizados pelas agências locais em parceria com a DCL. Você também pode escolher fazer algum passeio ou tour por conta própria ou ainda passear ao redor, voltar ao navio, ficar no navio somente. Você decide.
 
Tiki Beach
 
O processo de sair do navio foi muito organizado. As 7:30 (horario marcado por conta do passeio que escolhemos) devíamos ir até um dos lounges no deck 3. Lá, mostramos nossas carteirinhas e levamos os tickets do passeio que estavam em nossa cabine desde o primeiro dia. Eles nos dão um adesivo de personagem (o nosso era um dálmata) para colar na camiseta e toalhas para quem quiser. Em seguida, instruções sobre não levar nenhum alimento não industrializado para fora do navio e nem trazer, na volta. Depois, você sai do navio e entra em um barquinho que te leva até o porto. Isso porque em Grand Cayman o porto não tem estrutura para receber navios grandes.
 
 
Mas foi bem tranquilo. Chegando lá, você passa por um oficial de imigração e mostra um documento com foto. Em seguida você chega a uma estrutura de recepção, com bancos, quiosques e umas lojinhas. Tem banheiro e lanchonete. Ali você recebe uma pulseirinha plástica de acordo com o seu passeio e segue até a van.
 
A parte boa de pegar o barquinho é que você tem essa visão do navio, bem de pertinho.
 
 
Tiki Beach lounge

Eu tinha uma equação a resolver, crianças (3 e 7 anos) que se entediam fácil, mas não gostam nada de caminhadas longas. A avó que tem problemas leves de locomoção e o orçamento. Você pode ver as opções que a Disney oferece também no site, na seção Port Adventures. Lembre-se de escolher qual o destino (caribe, bahamas, etc) e a ilha para filtrar melhor.
 
Lojinhas no porto
 
Tem para todos os gostos e bolsos, e as opções são categorizadas por Família, Aventura, Natureza, etc. Acabei optando pelo Tiki Beach Family day. Era um dos menos caros (39 adultos e 29 crianças) e foi nosso dia de praia durante o cruzeiro. Gostei bastante da praia, foi bem agradável, mas as meninas não quiseram ficar o dia todo. Cansaram perto do meio-dia e acabamos voltando ao porto. Depois de passear um pouco ali na volta, voltamos para o navio onde almoçamos por volta das 2:00.
 
Com zoom desde a praia
 
Conversando depois com outras famílias acho que escolhemos bem. Quem fez o tal ilha tour se decepcionou. Alguns fizeram o mergulho com golfinhos e outros com as arraias e gostaram muito. Mas eu achei bem caro (95,00 USD adulto (+ 10 anos) e 89,00 USD crianças de 3-9 anos) e não sei se a minha Juju toparia.
  
Peebles Beach
 
Resumindo, as meninas adoraram a praia, brincaram bastante, tomamos banho de mar, caminhamos e apesar do toque ultra turístico do passeio, tinha boa infra-estrutura com cadeiras de praia, banheiros, chuveiro externo e restaurante bem agradável para um lanche ou suco. Aliás, tinha uns drinks incluídos (com e sem álcool) e levamos água. Pedi uns petiscos para beliscar por volta das 11 horas (8,00 USD).
 

 
Eu levei uns brinquedinhos de praia pequenos, uma muda de roupa para cada uma de nós e protetor solar. Além das toalhas que pegamos no navio. Uma para mim e a Juju e uma para a Manoela e a vó, pois não queríamos carregar muitas coisas. Foi tranquilo, deu tudo certo. Após a praia tomamos um chuveiro, trocamos de roupa e esperamos a van. A primeira chegou as 12:30 e teriam mais 2 pelo que me informei, que viriam mais tarde para quem quisesse ficar mais tempo. O último barquinho de volta ao navio seria as 16:30.
 
 
Para entrar no navio você passa por um detector de metais e coloca sua bolsa e itens de mão na esteira do raio x. Depois apresenta sua carteirinha. Como ainda era cedo, e o dia estava muito bonito, depois do almoço enquanto vovó e Juju faziam a siesta, Manoela e eu fomos para a piscina. Foi o melhor dia de piscina de todos, super vazia. Para ficar ainda melhor, rolou uma dança com o Mickey no gazebo e um encontro com o Pateta e pato Donald.